Mais uma estrela no
céu
Agora a pouco o Paulinho
Panam, nos deixou. Vitima de um perverso câncer o Panam não resistiu e subiu
para um plano superior junto com sua mãe Dona Glaci e sua linda irmã, que ele
tanto amava e que foi embora muito cedo. Panam era um místico, conviveu com
nossa família desde que surgiu em Morretes lá pelos anos 70, adorava o teatro, sonhava
em fazer grupos de teatro infantil, amava as crianças, sempre pronto a fazer
festas de Natal, pedir roupas para distribuir aos mais carentes, neste último
Natal, já sofrendo dores não deixou de atender as crianças no Natal com
brinquedos e doces. O Panam na verdade era um menino de 60 anos, levava a vida do
seu jeito, morava numa casa estranha que ele construiu, tinha orgulho de ser
descendente de judeus. Amigo incrível, sempre aparecia aqui em casa, e nunca
vinha de mãos vazias, sempre trazia alguma coisa, e isso aconteceu desde
sempre, por um tempo Paulo morou comigo, Cleusinha e a piazada. Nossos filhos
adoravam o Panam, o largado, as aventuras de fazer caiaques com garrafas
pet e enfrentar o mar, as histórias malucas mas verdadeiras que ele contava
para as crianças. Não tem histórico de fazer mal ou criar problemas para outras
pessoas, gostava demais do Marajá, frequentava centros de Candomblé, aqui, e em
Antonina, acreditava demais nestas entidades. Alguns dias atrás, Panam ligou para o pastor Celso Luís Gonçalves, da Assembléia de Deus do Brasil, ali da Raia Velha, e pediu ajuda para sua conversão, e através das palavras do Pastor Celso, aceitou o batismo e dali em diante passou a ser cristão. Em suma um amigo para muitos, uma
espécie de tio para meus filhos e netos e um irmão para eu e a Cleusinha. Às vezes ia à tarde na casa esquisita dele,
fazer uma visita, tomar café feito na hora e perdíamos horas conversando e ali, podíamos ter a noção exata do quanto o Panam era uma criança, uma casa
simples mas com a cara dele, cheia de cores, bonecos, roupas de teatro, curtia
vida com a simplicidade dos justos, uma figura inesquecível para todos nós que
convivemos com ele. Mas veio a senhora da vida, a Morte e levou o Paulinho para
junto sua mãe e irmã. Deixou uma filha e duas netas. Ficamos aqui tristes pela
perda da convivência, pela saudades que ele vai deixar para todos nós, mas felizes
por saber que o Paulo veio para cessa vida a passeio, conseguiu cumprir seus desígnios,
curtiu a vida, fez pessoas felizes, trouxe alegria para muita gente, aqui em
casa o Papai Noel vai ter que ser outro, mas com certeza vamos todos lembrar do
grande Paulo Panam. Para nós aqui resta apenas agradecer pela luz que ele
trouxe a todos nós. Até um dia Panam, onde você estiver!
Sentimentos a família enlutada. Que Deus, CONFORTE o coração de quem fica.
ResponderExcluirQue o Panan esteja na luz do Senhor.
ResponderExcluirMeus pêsames a família e aos amigos!
ResponderExcluirQue triste! Conheci muito o PANAM, que até hoje não descobri porque era chamado assim. Já que frequentava Candomblé, que Yemanjá o receba de braços abertos. Vai com Deus Panam!!
ResponderExcluirPerdi um amigo, com quem estudei na minha infância e quase Juventude aqui em Paranaguá. Fico triste em saber que espécie humano deixa de ter hoje uma alma a serviço da Alegria e da felicidade de todos. Porque era isso que o Paulinho representava e foi por isso que Ele viveu. Me despedir dele pelo Facebook Vai em paz meu amigo Paulinho
ResponderExcluirQue lindas palavras orlei.
ResponderExcluir