O Príncipe de Maquiavel
O Príncipe, a mais célebre obra de Nicolau Maquiavel é um volume póstumo e seu autor nasceu em Florença, Itália, em 3 de maio de 1469 e morreu na mesma cidade, onde foi sepultado no dia 21 de junho de 1527.
Contudo, Niccolò di Bernardo dei Machiavelli cresceu sob a grandeza Florença durante o governo de Lourenço de Médici e ingressou para a política aos 29 anos de idade na função de Secretário da Segunda Chancelaria e pode, nesse meio tempo, tornar-se historiador, poeta, diplomata e músico do Renascimento.
Em seu legado, é reconhecido como um dos criadores do pensamento moderno, pelo fato de haver versado sobre o Estado e o governo como realmente são e não como deveriam ser; fato este que está sendo descoberto a partir de uma releitura da obra desse autor, a qual é atribuída um caráter extremamente contraproducente.
"Como é perigoso libertar um povo
que prefere a escravidão!"
(Nicolau Maquiavel)
" Um povo que aceita passivamente a corrupção e os corruptos, não merece a liberdade. Merece a escravidão.
Um país cujas leis são lenientes e beneficiam bandidos, não tem vocação para a liberdade. Seu povo é escravo por natureza.
Um povo cujas instituições, públicas e privadas, estão em boa parte corrompidas, não tem futuro. Só passado.
Uma nação, onde a suposta sociedade civil organizada não mexe uma palha se não houver a possibilidade de lucros, não é capaz de legar nada a seus filhos, a não ser dias sombrios.
Uma pátria, onde receber dinheiro mal havido a qualquer título é algo normal, não é uma pátria, pois nesse lugar não há patriotismo, apenas interesses e aparências.
Um país onde os poucos que se esforçam para fazer prevalecer os valores morais, como honestidade, ética, honra, são sufocados e massacrados, já caiu no abismo há muito tempo.
Uma sociedade onde muitos homens e mulheres estão satisfeitos com as sórdidas distrações, em transe profundo, não merece subsistir.
Só tenho compaixão daqueles bravos, que se revoltam com esse estado de coisas. Àqueles que consideram normal essa calamidade, não tenho nenhum sentimento.
Aos que elegem e reelegem corruptos, aos que servem de escudo e proteção aos bandidos e, ainda, aos indiferentes, só restam os versos do grande poeta polonês, Adam Mickiewicz:
"Tua alma merece o lugar donde veio, caso tenhas entrado no inferno, e não sinta as chamas."