TOP FITNESS

TOP FITNESS

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

RUA JOSÉ MORAIS 51, O ESTACIONAMENTO!

Impressionante o poder que esta ALL tem sobre a nossa administração. Este caminhão a serviço da ALL esta estacionado irregularmente no meio da Rua José Morais, em frente o numero 51. Quem autorizou a tal concessionária a usar a referida rua como estacionamento? Esta lei  que permite estacionar no meio desta rua serve para todos? Ou só a ALL tem essa preferência? Essa gente deveria respeitar mais o povo de Morretes. E a Prefeitura, o que diz de tudo isso? Ou o morador da Rua José Morais  51 não merece o mesmo respeito que os outros?

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

A ALL e suas "lambanças" desrespeitosas contra o povo de Morretes

E a ALLcontinua fazer de Morretes a sua lata de lixo preferida, sem respeito pela população, sem pagar impostos municipais, atrapalhando a vida da metade da cidade sob os olhares complacentes de prefeitos "amigos". Manchando nossas estradas de sangue de muitos morretenses, destruição do meio ambiente ou a ALL imagina que o povo não  toma conhecimento dos trens de tombam na serra destruindo o meio ambiente e agora seus trens estão  capotando onde deveriam estar parados ou andando muito devagar. Por sorte do nosso povo foi um trem com carga seca ou vazio, tanto faz, que virou, imaginem se ao invés desta carga os vagões estivessem carregados  de algum tipo de material inflamável. Até podemos compreender a importância desta concessão doada a ALL para transportar riquezas da nossa, mas o que não pode é a tal ALL achar  que a conivência de prefeitos desinteressados pelos problemas causados pela empresa na cidade lhes dá os direitos sobre ela. Morretes não é destes prefeitos e muito menos da ALL, Morretes é a cidade de cada um de nós e todos merecem e exigem ser respeitados. Que o Ministério Público faça uma projeção do risco que a população correria caso fosse uma carga de inflamáveis,  aliás, os vereadores também deveriam fiscalizar, aqueles moradores com certeza foram responsáveis por muitos dos votos que os levaram a Câmara

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

DESABAFO


Vai entrando o mês de agosto e com ele mais um mês que Morretes vem vivendo sua pior crise, Morretes não recebe novos investimentos, não existe projeto e nem mesmo pessoas que estejam com vontade de investir em Morretes de forma ofertar emprego e renda. Ficamos apenas esperando que supermercados de Curitiba venham buscar mão de obra que se submeta a ter de ficar horas e horas de trabalho e ir e voltar de ônibus todos os dias.
Alguns empresários ainda sobrevivem de um passado que Morretes conseguiu sobreviver pelo talento e audácia de alguns que pensaram Morretes no futuro.
O comércio em si, está sendo afogado pela crise econômica em todos os níveis e basta ver que o comercio já fez e fará inúmeras vitimas que fecharam suas portas com menos de um ano de vida, empresários que na aventura perderam parte do seu dinheiro investido.
No campo político e falo em muitas administrações, não fizeram suas partes de gestores e muito menos os investimentos para minorar os problemas sociais das pessoas mais carentes, falo, da saúde, educação, transporte, hospital. O dinheiro vem e tem dinheiro do governo federal também para ser levantado, só que falta competência e empenho para fazer um projeto executivo ao nível de chegar verbas. O excesso de cargos comissionados, nem um dos prefeitos tentou cortar os gastos com comissionados, sempre em número maior a cada gestão. Nossa representação política é morta, não conhecemos deputados que tenham força para alavancar projetos ou verbas, únicas verbas que chegam só são gastas nos mesmos projetos, apenas manutenção, não existe um programa de capacitação dos servidores, um prefeito que cuida dos prédios públicos que estão todos em estado de abandono, somente onde era o centro de eventos que teve uma finalidade diferente do que era proposta inicialmente. Se Morretes não pensar em renovar os seus políticos no curto prazo, as situações tendem a piorar em todos os sentidos. Hoje o investimento mais próximo que Morretes poderá receber, é a vinda de um presídio que já foi inúmeras vezes cogitadas e por pressão da própria sociedade constituída, não veio. Por aí, podemos medir os nossos políticos e as nossas escolhas na câmara. Fica uma pergunta no ar, quando que virá uma Escola Estadual que já teve projeto andando, e quando virá um curso ou parte de um curso da Universidade Federal do Paraná?

Será que teremos de nos contentar com um presídio? Morretes merece?
 
RESPOSTA DO BLOG

  1. Morretes tem engenheiros que poderiam constituir empresas para administrar obras públicas, mas os empreiteiros são de fora, como o tal Abner, Morretes tem profissionais de saúde que poderiam montar empresas e terceirizarem o hospital, mas preferem a tal da Hygea, Morretes tem eletricistas capacitados para comprar e instalar semáforos mas vão buscar a AJOTAP que usa notas fiscais vencidas, enfim Morretes tem pessoas qualificadas em todas as áreas, mas por interesses inconfessáveis os Prefeitos,todos diga-se de passagem, preferem terceirizar para gente de fora da cidade, eles vem pegam a grana , deixam o CX2, e vazam, vão gastar noutro lugar. Morretes tem meninos e meninas com formação academica, mas o leiloeiro é de fora, a maioria dos comissionados são de fora, Morretes tem o Dejair Miranda que tem um belo jornal, mas quem recebe para colocar anuncios oficiais são os jornais de fora,a propósito, antes que algum desavisado ache que estou falando de jornal em causa própria, quero deixar claro que nunca usamos 1 real de dinheiro público no JMN e não vamos usar, e outras situações que vemos acontecer todos os dias que trouxeram Morretes a esta situação que está hoje. seria necessário primeiro valorizar o servidor público, limitar os comissionados a no máximo 15, abrir concursos públicos, diariamente vemos dezenas de jovens se deslocar a Paranaguá para fazer faculdade, e depois de formados não tem onde trabalhar, capacitar nossos servidores públicos, criar um programa honesto e digno de cargos e salários, com crescimento gradual no emprego por meritocracia. Mas para isso Morretes precisaria de um Prefeito com o interesse unico de atender o município e não suas vaidades pessoais, seus amigos, correlegionários e parentes. E só quem pode mudar isso é o eleitor de Morretes na hora de dar seu voto. Quem vende o voto por dinheiro, por vantagens comerciais, por promessas de emprego não tem moral para reclamar de nada. E assim a vida segue, até um dia!

terça-feira, 22 de julho de 2014

Seninário ADEMADAN


Seminário Nacional: Diálogos para a Implantação da Nova Lei Florestal
(Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012)

Organização: ADEMADAN – Associação de Defesa do Meio Ambiente e do Desenvolvimento de Antonina e Petrobras – Responsabilidade Social, Gerência de Investimentos Social e Programa Petrobras Ambiental
Parceria: Secretaria Municipal de Turismo de Antonina/ Prefeitura Municipal
Patrocínio: Petrobras
Apoio: ICMbio, Ministério Público de Antonina, Hotel Camboa de Antonina
Comissão Organizadora: Eliane Beê Boldrini (ADEMANDAN/ PR, elianebeeboldrini@hotmail.com); Adriana Oliveira (aso@petrobras.com.br)
Data: 22, 23 e 24 de setembro de 2014
Local: Antonina, litoral norte do Paraná
Vagas Participação: 200
Público Alvo: Profissionais, gestores, pesquisadores, ONGs e agricultores que estão envolvidos diretamente e indiretamente com o Cadastramento Ambiental Rural em todo o país
Inscrições de Painéis: 30 vagas
Objetivo: Contribuir para a implantação no Brasil da Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012 Nova Lei Florestal, que estabelece normas gerais sobre a Proteção da Vegetação Nativa, Áreas de Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal no Brasil; a exploração florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o controle da origem dos produtos florestais, controle e prevenção dos incêndios florestais, e prevê instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus objetivos.

Programação

22/09 Segunda-feira
- Durante o Dia Translado do Aeroporto para Antonina
- 19h Cerimonial de Abertura no Teatro Municipal
- 21h Coquetel de Confraternização na Sede da ADEMADAN

23/09 Terça-feira pela manhã – Teatro Municipal
- 8h às 9h Cadastramento na Sede da ADEMADAN, Praça Coronel Macedo, 316
- 9h às 9:40 min – A Nova Lei Florestal – Desafios para a sua implementação efetiva – Roberto Resende – Observatório do Código Florestal
- 9:40 min às 12h – Tema: Políticas Públicas Ambientais para a Implantação da Nova Lei Florestal – Diálogo com Representantes do Governo Federal e Governo do Paraná
Carlos Alberto Scaramuzza – Secretaria de Florestas e Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente (SBF/ MMA)
Gabriel Lui – Secretaria de Florestas e Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente (SBF/ MMA)
Mariesi Cargnin Muchalaih – DIREB/ IAP/SEMA (a confirmar)
Debate

24/09 Terça-feira à tarde Teatro Municipal
- 14 às 17h Tema: Contribuições para a Implementação da Nova Lei Florestal
José Guilherme T Leal: Diretor do DEPROS/SDC/MAPA;
Valter Bianchini: Secretário Nacional da Agricultura Familiar, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA);
Priscila Facina Monnerat: Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra; Escola Latino Americana de Agroecologia;
Márcia Lopes: FAO;
Efraim Rodrigues: Rede Brasileira de Restauração (REBRE).

23/09 Terça-feira a noite Teatro Municipal
19h às 21h – Mostra de Vídeos de Projetos Socioambientais que podem Contribuir com a Implantação da Nova Lei Florestal – Local: Trapiche (Feira Mar) e Sede da ADEMADAN (Praça Coronel Macedo).

24/09 Quarta-feira pela manhã Teatro Municipal
- 8h às 11h30min – Tema: Contribuições para a Implementação da Nova Lei Florestal (continuidade):
Diálogos com Representantes:
- Petrobras: Gislaine Gardelini;
- Iniciativa BNDES Mata Atlântica (Representante a definir);
- Nilo Diniz, Departamento de Educação Ambiental da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA;
- Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ) (Representante a definir)

24/09 Quarta-feira à tarde
- 14h às 16h – Mostra de Painéis e Publicações de Projetos Socioambientais desenvolvidos em diversos Biomas Brasileiros que podem contribuir com a Implantação da Nova Lei Florestal – Praça Coronel Macedo.
Durante o evento haverá Feira Agrícola do Litoral, incluindo Produtos Agroflorestais e Degustação da Culinária Caiçara na Praça Coronel Macedo e na Sede da ADEMADAN.
A Feira EXPONINA será organizada pela Secretaria Municipal de Turismo e Cultura, da Prefeitura de Antonina.



sexta-feira, 18 de julho de 2014

30.000 postagens ...1.190.686 visitas!

CABE MAIS!

POSTAGENS PARA O BLOG PUBLICADAS
Hoje,18/07 atingimos a marca de 30.001 postagens recebidas e publicada, desde o dia que abrimos o blog. Quero agradecer a todos que escrevem para cá, quero agradecer a todos que visitam o blog e aqueles que leêm e dizem que não leêm, nestas 30 mil  postagens publicadas tem de tudo, denuncias, agressões, elogios, demonstrações de carinho, de ódio, de raiva, enfim esta é a função deste blog, dar ao povo de Morretes e aqueles que se interessam pela nossa linda cidade a voz necessária para que possam se manifestar sem o risco de serem coagidos, constrangidos, serem alvos de vinganças baratas, ações típicas de  gente que exerce o poder. Muitas coisas aconteceram por conta destas postagens. Algo em torno de 15.000 postagens não foram publicadas pela forma agressiva e chula de abordar o assunto. Estas postagens não são divulgadas, mas são devidamente armazenadas. Agradeço a todos, pois mesmo os que nos agridem no fundo revelam uma confiança que jamais serão cobrados e expostos. esse é o sentido do blog. 
Muito obrigado! Vamos em frente!

VISITAS AO BLOG

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Clinica Médica Dr.Dilberto Consentino


Verdades que doem....

A máscara do gigante, por Mário Vargas Llosa


Fiquei muito envergonhado com a cataclísmica derrota do Brasil frente à Alemanha na semifinal da Copa do Mundo, mas confesso que não me surpreendeu tanto. De um tempo para cá, a famosa seleção Canarinho se parecia cada vez menos com o que havia sido a mítica esquadra brasileira que deslumbrou a minha juventude, e essa impressão se confirmou para mim em suas primeiras apresentações neste campeonato mundial, onde a equipe brasileira ofereceu uma pobre figura, com esforços desesperados para não ser o que foi no passado, mas para jogar um futebol de fria eficiência, à maneira europeia.
Nada funcionava bem; havia algo forçado, artificial e antinatural nesse esforço, que se traduzia em um rendimento sem graça de toda a equipe, incluído o de sua estrela máxima, Neymar. Todos os jogadores pareciam sob rédeas. O velho estilo – o de um Pelé, Sócrates, Garrincha, Tostão, Zico – seduzia porque estimulava o brilho e a criatividade de cada um, e disso resultava que a equipe brasileira, além de fazer gols, brindava um espetáculo soberbo, no qual o futebol transcendia a si mesmo e se transformava em arte: coreografia, dança, circo, balé.
Os críticos esportivos despejaram impropérios contra Luiz Felipe Scolari, o treinador brasileiro, a quem responsabilizaram pela humilhante derrota, por ter imposto à seleção brasileira uma metodologia de jogo de conjunto que traía sua rica tradição e a privava do brilhantismo e iniciativa que antes eram inseparáveis de sua eficácia, transformando seus jogadores em meras peças de uma estratégia, quase em autômatos.
Não houve nenhum milagre nos anos de Lula, e sim uma miragem que agora começa a se dissipar.
Contudo, eu acredito que a culpa de Scolari não é somente sua, mas, talvez, uma manifestação no âmbito esportivo de um fenômeno que, já há algum tempo, representa todo o Brasil: viver uma ficção que é brutalmente desmentida por uma realidade profunda.
Tudo nasce com o governo de Luis Inácio ‘Lula’ da Silva (2003-2010), que, segundo o mito universalmente aceito, deu o impulso decisivo para o desenvolvimento econômico do Brasil, despertando assim esse gigante adormecido e posicionando-o na direção das grandes potências.
As formidáveis estatísticas que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística difundia eram aceitas por toda a parte: de 49 milhões os pobres passaram a ser somente 16 milhões nesse período, e a classe média aumentou de 66 para 113 milhões. Não é de se estranhar que, com essas credenciais, Dilma Rousseff, companheira e discípula de Lula, ganhasse as eleições com tanta facilidade. Agora que quer se reeleger e a verdade sobre a condição da economia brasileira parece assumir o lugar do mito, muitos a responsabilizam pelo declínio veloz e pedem uma volta ao lulismo, o governo que semeou, com suas políticas mercantilistas e corruptas, as sementes da catástrofe.
A verdade é que não houve nenhum milagre naqueles anos, e sim uma miragem que só agora começa a se esvair, como ocorreu com o futebol brasileiro. Uma política populista como a que Lula praticou durante seus governos pôde produzir a ilusão de um progresso social e econômico que nada mais era do que um fugaz fogo de artifício.
O endividamento que financiava os custosos programas sociais era, com frequência, uma cortina de fumaça para tráficos delituosos que levaram muitos ministros e altos funcionários daqueles anos (e dos atuais) à prisão e ao banco dos réus.
As alianças mercantilistas entre Governo e empresas privadas enriqueceram um bom número de funcionários públicos e empresários, mas criaram um sistema tão endiabradamente burocrático que incentivava a corrupção e foi desestimulando o investimento.
Por outro lado, o Estado embarcou muitas vezes em operações faraônicas e irresponsáveis, das quais os gastos empreendidos tendo como propósito a Copa do Mundo de futebol são um formidável exemplo.
O governo brasileiro disse que não havia dinheiro público nos 13 bilhões que investiria na Copa do Mundo. Era mentira. O BNDES (Banco Brasileiro de Desenvolvimento Econômico e Social) financiou quase todas as empresas que receberam os contratos para obras de infraestrutura e, todas elas, subsidiavam o Partido dos Trabalhadores, atualmente no poder. (Calcula-se que para cada dólar doado tenham obtido entre 15 e 30 em contratos).
As obras da Copa foram um caso flagrante de delírio e irresponsabilidade
As obras em si constituíam um caso flagrante de delírio messiânico e fantástica irresponsabilidade. Dos 12 estádios preparados, só oito seriam necessários, segundo alertou a própria FIFA, e o planejamento foi tão tosco que a metade das reformas da infraestrutura urbana e de transportes teve de ser cancelada ou só será concluída depois do campeonato.
Não é de se estranhar que o protesto popular diante de semelhante esbanjamento, motivado por razões publicitárias e eleitoreiras, levasse milhares e milhares de brasileiros às ruas e mexesse com todo o Brasil.
As cifras que os órgãos internacionais, como o Banco Mundial, dão na atualidade sobre o futuro imediato do país são bastante alarmantes. Para este ano, calcula-se que a economia crescerá apenas 1,5%, uma queda de meio ponto em relação aos dois últimos anos, nos quais somente roçou os 2%.
As perspectivas de investimento privado são muito escassas, pela desconfiança que surgiu ante o que se acreditava ser um modelo original e resultou ser nada mais do que uma perigosa aliança de populismo com mercantilismo, e pela teia burocrática e intervencionista que asfixia a atividade empresarial e propaga as práticas mafiosas.
Apesar de um horizonte tão preocupante, o Estado continua crescendo de maneira imoderada – já gasta 40% do produto bruto – e multiplica os impostos ao mesmo tempo que as “correções” do mercado, o que fez com que se espalhasse a insegurança entre empresários e investidores. Apesar disso, segundo as pesquisas, Dilma Rousseff ganhará as próximas eleições de outubro, e continuará governando inspirada nas realizações e logros de Lula.
Se assim é, não só o povo brasileiro estará lavrando a própria ruína, e mais cedo do que tarde descobrirá que o mito sobre o qual está fundado o modelo brasileiro é uma ficção tão pouco séria como a da equipe de futebol que a Alemanha aniquilou.
E descobrirá também que é muito mais difícil reconstruir um país do que destruí-lo.
E que, em todos esses anos, primeiro com Lula e depois com Dilma, viveu uma mentira que seus filhos e seus netos irão pagar, quando tiverem de começar a reedificar a partir das raízes uma sociedade que aquelas políticas afundaram ainda mais no subdesenvolvimento.
É verdade que o Brasil tinha sido um gigante que começava a despertar nos anos em que governou Fernando Henrique Cardoso, que pôs suas finanças em ordem, deu firmeza à sua moeda e estabeleceu as bases de uma verdadeira democracia e uma genuína economia de mercado.
Mas seus sucessores, em lugar de perseverar e aprofundar aquelas reformas, as foram desnaturalizando e fazendo o país retornar às velhas práticas daninhas.
Não só os brasileiros foram vítimas da miragem fabricada por Lula da Silva, também o restante dos latino-americanos. Por que a política externa do Brasil em todos esses anos tem sido de cumplicidade e apoio descarado à política venezuelana do comandante Chávez e de Nicolás Maduro, e de uma vergonhosa “neutralidade” perante Cuba, negando toda forma de apoio nos organismos internacionais aos corajosos dissidentes que em ambos os países lutam por recuperar a democracia e a liberdade. Ao mesmo tempo, os governos populistas de Evo Morales na Bolívia, do comandante Ortega na Nicarágua e de Correa no Equador – as mais imperfeitas formas de governos representativos em toda a América Latina – tiveram no Brasil seu mais ativo protetor.
Por isso, quanto mais cedo cair a máscara desse suposto gigante no qual Lula transformou o Brasil, melhor para os brasileiros.
O mito da seleção Canarinho nos fazia sonhar belos sonhos. Mas no futebol, como na política, é ruim viver sonhando, e sempre é preferível – embora seja doloroso – ater-se à verdade.

Quem é Vargas Losa:
Vida
Nascimento28 de março de 1936 (78 anos)
ArequipaPeru Peru
Nacionalidadeperuana e espanhola
ProgenitoresMãe: Dora Llosa Ureta
Pai: Ernesto Vargas Maldonado
Dados pessoais
Alma materUniversidade Nacional de San Marcos
Universidade Complutense de Madri
Nobel prize medal.svg Nobel de Literatura (2010)
Prêmio Cervantes (1994)
Prêmio Príncipe de Astúrias (1986)
outros

*Publicado no jornal El País
*Mario Vargas Llosa, escritor, Prêmio Nobel de Literatura