Está chegando outubro...

Tenho observado nesta e noutras campanhas eleitorais passadas, uma mania dos políticos e candidatos, que além de aparecer por aqui de 4 em 4 anos, e quando prometem fazer isso ou aquilo lembrarem apenas da capital do estado como se toda a população desse estado morasse nela e o nosso litoral fosse habitado apenas por pessoas de segunda classe.

No nosso  caso eles nem se constrangem quando prometem tudo e mais um pouco. Ficam a desenhar nos seus discursos uma montanha de promessas com uma direção unicamente urbana. Trens, metrôs, anéis viários, delegacias especializadas, viaturas, bibliotecas, salas de aulas com ar condicionado, hospitais e pronto socorros, ciclovias e outros tantos equipamentos que pela estrutura apenas devem e podem servir à população da capital. E o morretense vai ficando em época de campanha eleitoral sempre esquecido como se aqui o homem, o eleitor não tivesse necessidade destes e de outros benefícios. O morretense tem características especiais e precisa ser mais bem assistido como todos os habitantes do Paraná.  

Aqui eles prometem, quando muito, uma estradinha aqui, uma pontezinha de madeira ou até de concreto acola prometem também, quando muito, uma escola pra os filhos dos nativos, mas com professor que é bom, os candidatos não tem a menor preocupação, continuam recebendo salários injustos para a importância de suas atividades para o futuro de todos nós.

Quando a questão é a promessa de campanha eleitoral. Vamos ficando na mesma. Vivendo de promessas pequenas, engolindo migalhas. E os prefeitos sendo cobrados pelo eleitor na porta das suas casas ou quando mal chegam à entrada da prefeitura vem gente lhe cobrar a promessa dada pelo político durante a caminhada e agora eleito. Eu comparo essa falta de atenção dos candidatos em relação ao interior, feito igual aquela dona de casa desleixada que só vive na porta da rua dando sentido a quem passa, ouvindo conversa de vizinho e dando palpite naquilo que não é e nunca foi de sua competência. Cuida somente da fachada e se esquece da casa como um todo.

Morretes  precisa urgente de cuidados,  cuidados especiais, porque é uma das poucas cidades do país deste porte, que consegue gerar emprego e renda e manter uma certa independência do poder central, graças ao turismo implantado aqui no final dos anos 90 pelo então prefeito Sebastião Cavagnolli. Porém parte da nossa população é agrícola, e ai não podemos compreender o porque de levar  mais de três anos para construir as pontes da área rural levadas pelas chuvas de março de 2011.

Se o candidato eleito não coloca equipamentos de infraestrutura na mão e pra uso da população da zona rural, essa população rural certamente vem buscar estes equipamentos e serviços na capital e daí a situação decorrente todo mundo sabe onde vai dar. O inchaço das grandes cidades. Não existe um estado forte com seu interior vivendo na calamidade e na pobreza.  Os interesses de Morretes não se limitam as vontades e necessidades do Prefeito. Esta na hora de mudar e a mudança tem que ser feita através dos votos.