Lula fica 'chateado' com invasão de seu instituto por sem-terra
Segundo ele, Lula viria para ao escritório nesta quarta-feira,
mas decidiu viajar para lugar não divulgado. Okamotto ressaltou que o grupo tem
a solidariedade do ex-presidente, mas que ele, Okamotto, não concorda com o
método dos invasores. "Eles têm a solidariedade do presidente Lula para resolver
o problema do assentamento e de todos nós. O que eu não posso concordar é com os
métodos que eles estão usando. Eu acho que é inadequado, não pediram sequer uma
audiência. Nunca pediam apoio", reclamou o diretor-presidente do Instituto
Lula.
Okamotto afirmou ainda que tudo o que a entidade poderia fazer
pelos invasores, além de oferecer "café e água", já foi feito. "Mais do que isso
é dizer que o movimento deles está certo, mas que a forma não me parece muito
correta."
Ele transmitiu aos sem-terra a disposição da presidência do
Incra em recebê-los, desde que eles deixem o Instituto Lula e a sede do Incra em
São Paulo. "Por enquanto, estão como nossos convidados aí, mas não podem ser
convidados eternos, têm de achar uma solução", disse o diretor-presidente
descartando uma medida judicial para a retirada dos invasores neste momento. "A
partir de agora é a relação deles com o governo. O nosso papel é só levar os
fatos que ocorreram para ver se as autoridades tomam alguma providência",
completou.
De acordo com Okamotto, que teve o consentimento dos invasores
para entrar no prédio, as instalações estão preservadas. Com essa ação, ele já
avisou que pretende mudar os procedimentos de segurança do Instituto Lula para
evitar ações semelhantes. "Certamente algumas rotinas terão de ser
alteradas."
Fonte - Portal MSN


