TEXTO DO JORNALISTA AÍRTON CORDEIRO DO JORNAL TRIBUNA DO PARANÁ
A covardia do anonimato
Na última reunião do Conselho Deliberativo, ele falou
raivosamente que não quer saber das críticas que recebe de jornalistas
independentes e sem medo de enfrentá-lo.
No último sábado circulou um panfleto apócrifo exaltando o
presidente e tentando resvalar em personalidades que estão acima, muito acima,
da grosseria e do estilo ditatorial do cartola da Baixada. O Atlético não
merece isso. Sua história jamais foi manchada como de uns poucos anos para cá,
parte pelo tônus grotesco dos gestos e das palavras que o cartola expõe.
Imaginou fazer a reforma do Estádio Joaquim Américo com o
que o poder público arrecada da população. Serviu-se à fartura dos que ocupam
cargos no governo do estado e na prefeitura municipal, movidos pelas fraquezas
dos vaidosos e daqueles que procuram, sempre, os espaços que permitem a prática
de atos prejudiciais ao interesse coletivo.
Nunca, nos espaços que ocupo nos meios de comunicação, com a
lisura dos sérios e o desprezo aos verdadeiros picaretas da vida esportiva e da
política, tive medo de enfrentar os que se julgam poderosos. Assim foi nos
quatro mandatos eletivos que os paranaenses me conferiram e nos cinquenta e
três anos de atividade profissional em jornais, rádios e televisões.
Por não ser seduzido pelo dinheiro, continuo trabalhando com
a mesma firmeza de caráter que aprendi desde a infância modesta, mas forte no
conteúdo educacional. Não escondo minhas opiniões. Não uso o expediente covarde
de elaborar matérias apócrifas distribuídas por inocentes.
Passei pela Câmara de Vereadores de Curitiba, pela
Assembleia Legislativa do Paraná, pela Assembleia Nacional Constituinte e pela
Câmara dos Deputados sem jamais ser questionado pelo uso indevido do dinheiro
público. Nem um centavo sequer. Para causar inveja aos corruptos e corruptores
informo que renunciei a aposentadoria a que tinha direito como parlamentar
federal.
Aos verdadeiros atleticanos
Jamais escrevi ou verbalizei palavras contrárias à
realização da Copa no Estádio Joaquim Américo. Sempre fui e sou contra o uso de
dinheiro público em edificação privada. Minha posição contrária ao Mundial no
Brasil é de domínio público. Aos atleticanos do bem, com discernimento para
separar a verdade da mentira, minha homenagem, acompanhada da gratidão de um
profissional que faz da coragem para dizer a verdade um princípio de vida.
Post Scriptum
Já adotei providências judiciais para punir os covardes que
se escondem nas trevas do medo. E qualquer ato contra mim ou aos meus
familiares será atribuído aos incentivadores das maledicências promovidas por
canalhas que estão acostumados com os subterrâneos que escondem o esgoto
frequentado pelos anões da moralidade. Constituí para patrocinar a minha causa
o escritório do jurista René Dotti.
VEM BOMBA AÍ........
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