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Nasci Coxa Branca quando o bonde de Curitiba saia de cena, cresci numa Curitiba de 300000 habitantes, o bairro do Batel era um lugar Chic, estudei na Escolinha Tia Paula, Colégio Santa Maria, assistia filmes no cine Luz, Ritz, Vitória, trocava gibis no Cine Curitiba nas sessões duplas de domingo, onde além dos filmes,ainda assistíamos seriados como Roy Rogers, Flash Gordon e outros. As noites de domingo terminavam num gostoso filé a parmeggiana no Restaurante Gruta Azul do seu Kurt, ali na Mal Deodoro, com meu pai, minha mãe e amigos deles. O tempo passou vim para Morretes e ai novas mudanças na vida, novos amigos e amigas, lembro com saudades do Mauro Costa, José Osmário que acreditava tocar violão, do Arlindo de Castro, João Veloso, Arildo De Bona, Thiago, e tantos outros parceiros de futebol no campinho do Foltran, em 69 voltei para Curitiba e daí com certeza o bicho pegou, muita festa, folia, madrugadas, Velha Adega do seu Pit e D. Marlene, Cracóvia do meu queridíssimo Alfredo Cury, da Gilda e da querida Sandra, muito whisque, vodkas, chopps, batatas e nenhuma droga, as noites eram curtas para nós,sempre com o Orleans, meu primo,o Ornaldo, meu irmão, Jango Salomão, o Washington Viana e Silva, o Osmil Coelho Neto, novos amigos e o mais importante deles, meu querido amigo de 40 anos, o Barão Ricardo Von Linsingen, isso mesmo, barão, diariamente noites de festas, churrascos de madrugada no Bar Palácio, bailes “in Black tie” no Jockey Club, Concórdia, Graciosa Country Club, Thalia, Clube Curitibano , casas noturnas como a fantástica Aguas Belas, CCC na Barão, boates Zimbaloo, Barril, Flash, Gaiola e restaurantes como Frau Léo, Locanda Suissa, ILe de France, Mather Horn, e seus fondues espetaculares, Clube do Comércio, Curitiba Palace, nos finais de semana a coisa acontecia por aqui, nos bailes do 7, do Primavera em Antonina, das refeições de madrugada no bar do Zézinho no 29 em Antonina ou o churrasco esperto na Boca do Leão na zona de meretrício de Paranaguá. Lembro com saudades do meu glorioso e saudoso amigo Marcos Ayrosa, do Roberto (um gênio) Celso Maceno, Paulinho May, Mauricio Daher, João Brito, o grande Clodoaldo Teixeira, uma espécie de guru pra rapaziada, o tempo foi passando a Cleusa sempre junto, casamos e continuamos morando em Morretes, nasceram no HMM, o Orley Neto, o Guto e a Sá, naquele tempo ainda nasciam crianças em Morretes. Um dia recebi o convite do Prefeito Cavangolli para mudar a cara da nossa cidade, aceitei o desafio e lá fomos nós, em 04 anos uma nova Morretes estava no ar. A Terra do Barreado. depois veio Paranaguá, com Tortato, muita coisa que acontece hoje no turismo passou pelas minhas mãos. Dai fui pra escola aos 55 anos, na FAFIPAR, ali encontrei, a Tati, a Su, Adrianinha, a queridíssima Dressinha, Anas, Letícia, rencontrei a Geisa, a grande Shéééiila, e acabei professor. E agora numa parceria inteligente e vitoriosa junto com o Ariel estamos movimentando a cidade através do blog, site e jornal impresso, o JMN. Ainda tenho muita lenha para queimar, fiz amigos importantes, e fiz inimigos sem importância nenhuma, como diz o meu querido Alpendre, “gordo você como amigo é um fracasso, mas como inimigo é o melhor que alguém pode ter”, enfim daqui exatas 48 horas e 15 minutos entro na fase dos sessenta anos , e toda a alegria dessa vida devo aos meus filhos, a Cleusa, a meus amigos, mas principalmente aos meus inimigos, que diariamente fazem lembrar que não devo relaxar, não entregar os pontos quando as coisas parecem difíceis, mas principalmente, como dizia o grande jornalista Adolpho Bloch, criador da Revista Manchete, “são os inimigos com sua intolerância e ódio, que fazem eu valorizar cada vez mais meus amigos”. Foram 60 anos que se passaram num piscar de olhos, e espero ainda ficar por aqui outros 60 para a alegria de muita gente e claro, a saudável tristeza de alguns. .

Feliz Ano Novo.......