A Quaresma (do latim Quadragesima dies) é o período de quarenta dias que antecede a principal festa da Igreja: a Ressurreição de Cristo, comemorada no Domingo de Páscoa.
Sendo praticada desde o século IV, a Quaresma tem seu inicio na Quarta-feira de Cinzas e termino na Quinta-feira Santa com a celebração da Última Ceia de Cristo, onde instituiu a Sagrada Eucaristia. O fim último deste tempo é a preparação para a Ressurreição de Jesus, por meio do jejum, oração e esmola, em memória aos quarenta dias em que o próprio Cristo permaneceu no deserto, antes de sua morte.
Aproximadamente duzentos anos após a morte do Cordeiro, os cristãos começaram a assim preparar-se nos três dias antecedentes a festa da Páscoa. Todavia a Igreja prolongou o período para quarenta dias, por volta de 350 d.C. – uma vez que diversos dos acontecimentos mais importantes na História do Cristianismo (os dias de Moises e Elias na montanha; os anos de peregrinação o povo judeu no deserto; os dias de dilúvio; os anos de permanência dos judeus no Egito; e os próprios dias de jejum de Jesus) concretizaram-se em 40 ou 400.
Na celebração de Quarta-feira recebemos as cinzas. Estas nos remetem a expressão de Deus a Adão: “És pó, e ao pó tu hás de tornar” (Gênesis 2, 19). Tal ação é realizada desde o Antigo Testamento, onde trajava-se com vestes de sacos e colocava-se cinzas na cabeça como sinal de arrependimento, impureza, penitência, luto. Isto marca, então, o início de uma nova vida, de morte para o pecado. Na Quaresma queremos morrer para o pecado, e no Domingo de Páscoa ressurgir com Cristo para uma vida nova, sem esquecermo-nos de que a verdadeira vida surge na eternidade.
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