NATAL!
Diferentemente
 dos outros meses, dezembro muda muito nosso comportamento. Alem de 
 mais amáveis e sociáveis aumentamos nossa tolerância ao ponto de 
enfrentarmos tudo o que reclamamos nos outros meses numa boa. Trânsito 
lento e caótico passa a ser normal, shoppings superlotados uma alegria e
 filas de caixa de lojas uma boa. Segundo uns é o espírito natalino que 
incorpora em todos nós, para outros é a proximidade do reveillon com as 
rolhas de champangne pipocando e a  oportunidade de renovação 
de promessas mil que, jamais serão cumpridas.
    
 Até o seculo IV d.C. a comemoração do Natal era uma festa móvel pois 
não se sabia ao certo a data do nascimento de Jesus. Somente a partir 
daí passou-se a celebrar no dia 25 de dezembro não por se ter chegado à 
conclusão de que esse foi realmente o dia do Seu nascimento e sim por 
marcar o inicio do  inverno em Roma e durava de 12 dias, tempo gasto 
pelos Reis Magos em sua viagem a Belem para presentear o recem nascido 
com ouro incenso e mirra. Já o presépio natalino surgiu no século XIII, 
criado por São Francisco de Assis, simbolizando o cenário do nascimento 
de Jesus e a árvore de Natal foi criada por Martinho Lutero em 
1530.      
    
 Segundo os estudiosos o bom velhinho foi inspirado na figura do bispo 
Nicolau que nasceu em 280 d.C. na Turquia, muito caridoso e que tinha 
por hábito colocar perto das chaminés das casas pobres saquinhos com 
moedas. Posteriormente canonizado pelo Vaticano a associação da imagem 
de São Nicolau a Papai Noel para os que pensam que foi nos Estados 
Undidos, se enganam. Foi na Alemanha e até por volta do ano de 1886 seus
 trajes eram nas cores verde ou marrom. Nesse ano o cartunista alemão 
Thomas Nast publicou nas revista Harper's Weekly" nova roupagem para ele
 nas cores vermelho, branco e cinto preto. Em 1931 a Coca-Cola em 
campanha publicitária utilizou a imagem de Papai Noel criada por Nast, 
resultando em sucesso extraordinário. Papai Noel ganhou mundo.
    
 No Brasil a estreia de Papai Noel ocorreu de uma maneira quase trágica e
 bastante cômica por volta de 1890, em São Luis do Maranhão. Ao fim da 
ceia natalina familiares e amigos jogando conversa fora, bebendo e 
fumando são surpreendidos com figura de um homem gordo, barba branca, 
vestido de vermelho e branco, gorro e um saco nas costas pular a janela e
 invadir a sala. Imediatamente os homens sacam seus trabucos rendem o 
intruso e ameaçam mata-lo. Uma mulher de maneira corajosa interpõe-se 
entre ele e as armas e grita: "Não o matem! É Papai Noel! Eu o 
contratei!". 
    
 A mulher é á uma jovem professora, Maria Bárbara de Andrade, 
proprietária de um colégio local e filha do poeta Souzaândrade - Joaquim
 de Souza Andrade - autor de "O Inferno de Wall Street". Ainda mantendo 
Papai Noel sob mira os circunspectos senhores ouvem de Maria Bárbara 
que tendo sido criada em Nova York quando seu seu pai morou lá a partir 
de 187, habiturara-se a ver a figura do bom velhinho nas paginas do 
tabloide "Haper's Weekly"  conforme a versão criada polo cartunista e 
caricaturista Thomas Nast.
     
 Desfeito o equívoco, serenado os animos, trabucos retornados 
aos coldres todos voltaram a comer e beber vinho inclusive Papai 
Noel para se refazer do baita susto que tomara.
     
 A força do comércio mantem cada vez mais viva a força do Natal e o 
culto a Papai Noel. Tudo bem, nada contra. O triste é o esquecimento do 
aniversariate do dia: Jesus. Bebemos, comemos, trocamos 
presentes, sorrimos bastante e muito poucos, muito poucos mesmo 
lembram-se de agradeceer a Jesus pelos momentos felizes que estão 
passando. Uma pena.
       Um Feliz Natal para todos.
Postado por virgilio no Virgilicas em 12/23/2011 01:37:00 AM

