É hoje. O dia vai começar calmo, um bom café da manhã, depois uma saida, quem sabe um pulinho na Praça 29 de Março comer um pastél, tomar uma garapa bem gelada. Jornais nem pensar, Tribuna, Gazeta, jornais on line menos ainda. Volta para casa, senta em frente a Tv e espera o almoço. Até aí a coisa vai bem. A partir do almoço a adrenalina começa a subir, o coração acelera, tanto o atleticano quanto o coxa branca começam a entrar em contato com a realidade. O nervoso vai aumentando, já não conseguem ficar em frente a TV, apesar da excelência do almoço as incursões a geladeira aumentam, já não toleram mais o barulho dos filhos, a mulher passa a ser um intruso, as idas ao banheiro vão ficando mais frequentes, a impaciência com tudo e com todos chega ao seu limite, até que no ápice do desequilíbrio, já totalmente entregues a sorte percebem que o relógio começa a avisar que já são 17 horas. A partir dai, tem muita coisa em jogo, o day after, no trabalho, na escola, na faculdade, os jornais humilhando, massacrando, os programas esportivos cheios de heróis do "já sabia". Com os nervos a flor da pele ligam o radinho, mas sem coragem de escutar, só ouvindo o zum zum zum de longe. É o maior e mais complexo Atlétiba da história. Nunca valeu tanto, status, dinheiro, honra, posição politica, com certeza serão os 90 minutos mais tensos desde a criação de Curitiba. Muita cerveja, xingamentos, até o estridente apito final do arbitro. A partir daí, 2012 não será mais o mesmo. Que vença o melhor! E hoje o melhor é o Coxa!
