Nesse mundo moderno, onde o politicamente correto nos
policia quando vamos externar opiniões e sentimentos, não podemos nunca dizer
que este ou aquele é maior que a terra que vive. Mas seu Carlinhos com toda a
certeza era maior que o Marumbi, sem ele o lindo Marumbi ficou menor, mais
triste.. Ali seu Carlinhos fez a vida, e ali seu Carlinhos ficou como se fosse
o grande guardião daquele belo lugar, tão belo que nos levou a pensar que ali
ele ensaiou para viver no paraíso eterno. Hoje chegou sua vez de mudar de
plano, foi para um lugar melhor, deixou para trás seu nome Gnatta, que ele
tanto se orgulhava, a cachacinha, a polenta, seu cigarro de palha e seu adorado
Marumbi. Era prazeroso conversar com ele, ouvir suas histórias, sempre tomando
uma cachacinha feita em casa. Poucos tiveram o privilégio de ter seu próprio
alambique. Além de menor, menos brilho, sem ele, as festas religiosas do lugar
não terão a mesma grandeza, mas esta é a razão da vida, deixar saudades, e seu
Carlinhos com certeza cumpriu o seu papel. Agora em algum lugar, vai jogar seu
baralhinho com o saudoso professor Genor, vão olhar para baixo e dar muitas
risadas. Vai em paz seu Carlinhos, deixa
sua história para outros contar. Desejo a sua família muita força para
superar tão dolorosa perda, mas faz parte, não existe vida sem a morte.
ETERNAS
ResponderExcluirTem pessoas que parecem eternas, fazem parte da paisagem tal qual a imponente montanha Marumbi e o rio homônimo, ambos a espreitar os seus recantos.
Que lugar maravilhoso onde vivia o seu Carlinhos Gnatta, uma cachoeira a poucos metros de sua janela e a história de um ciclo econômico, o dos Engenhos, a seus pés, antes nas suas empreendedoras mãos.
Conversei recentemente com o seu Carlinhos em sua casa, falamos do passado, de amigos comuns.
Outra pessoa que fazia parte do “conto de fadas” era dona Jandira Gnatta, com seu inesquecível café recheado de prosa, amor e consideração.
Duas folhas que caem, dois espíritos que se elevam.