Iniciarei a enviar uma série de escritos sobre a nossa Morretes.
VAMOS CONHECER A NOSSA HISTÓRIA!!!
Saudações
Éric Hunzicker
VAMOS CONHECER A NOSSA HISTÓRIA!!!
Saudações
Éric Hunzicker
BENEDITO NICOLAU DOS SANTOS FILHO
Poucos conheciam Rocha Pombo
(In, Diário Popular
de 20 e 21 de novembro de 1977)
Quando escrevemos sobre as expressões culturais de nossa
gente, temos que pesquisar, nos arquivos, documentos comprobatórios para
atestar a individualidade de um nome, que consumiu sua existência na luta pela
manifestação do pensamento e pôr, em relevo, o processo de autoanálise. Ainda incubado, dos fatos históricos, como o
desbravado dos caminhos, que conduziram à fase atual, de plena efervescência,
na qual se forja, na linha nacional, como expressão majoritária, a nossa
autonomia literária.
Pesquisar e montar uma obra, de muitos volumes é tarefa por
demais difícil, como o fez Rocha Pombo!
Não há dinheiro que lhe pagasse o trabalho, mas, pensava
ele, como Eça:
“Que um só livro é capaz de criar a
eternidade de um povo!”
Imaginemos o que teria sido a vida desse pobre historiador,
confinada, nesse recanto da cidade de Morretes, chamada, pelo Poeta José
Gelbeck de
“Ninho de águias imperiais entre montes
azuis”.
Somente ele sabe o que lhe custou a sua incomparável
“História do Brasil” (5 volumes) e todas as suas obras de valor, porque, tendo
nascido pobre, viveu mais pobre e mais pobre morreu, embora fosse dono das mais
belas joias espirituais da época, insubstituível, no gênero que abraçou.
Segundo o depoimento de Fleius, José Francisco da Rocha
Pombo (nascido em 1857 – Membros da Academia Paranaense de Letras – Cadeira
número 1- tendo como Patrono Antonio Vieira dos Santos – e da Academia
Brasileira de Letras – faleceu no Rio de Janeiro em 1933) - “Não
era como esses historiadores, que escrevem sobre o trabalho dos outros. durante
mais de vinte anos, ele o viveu como traça, varejando os arquivos, na faina
incessante e penosa. foi assim que ele obteve os sólidos alicerces de sua
obra”.
Em sua terra natal foi que ele formou sua sólida cultura
humanística, sendo na época, centro de importância capital, econômica e
intelectual do Paraná – no dizer de Raul Gomes.
Armado desse elemento de êxito foi morar em Curitiba e de
Curitiba foi morar em Paranaguá, onde procurou uma tipografia, em que tudo
fazia: compunha, imprimia, redigia, revisava, etc., para ganhar a vida.
Não vendo progresso material, vendeu tudo e, com a família
embarcou para o Rio,
“Jogado como
náufrago, às praias de Copacabana”, como conta um de seus biógrafos.
Lá, foi encontrado
num hotel de 5ª classe – segundo Nestor Vitor que, quando o viu, com sua tribo,
quis saber com que ele contava, para enfrentar a situação.
Disse-lhe o autor de “O Paraná no Centenário” (1900) – que
lhe sobraram cinqüenta mil réis – toda a sua fortuna.
A propósito dessa passagem da vida do autor da “História do
Paraná”, “História do Brasil” e da “História Universal” – conta-se, que quando
o Senhor Herbert Clarck Hoover - político americano, nascido em 1874 -
Presidente dos Estados Unidos (1929
a 1933) e, depois da Segunda Guerra Mundial foi
Presidente da Comissão de Socorro Extraordinário do Abastecimento – desembarcou
no Rio de Janeiro, após os cumprimentos protocolares, perguntou porque não
ouviu o nome do senhor Rocha Pombo entre os presentes.
Como seu admirador queria saber onde estava ele! Disse que o
conhecia através de suas obras e, na simplicidade de homem americano, indagou
qual a posição que o mesmo ocupava, no cenário nacional, pois, considerava-o o
maior Historiador da América...
O grande estadista americano, certamente, tinha certeza da
sua presença, naquela recepção, dado ao seu valor. Além disso, fazia questão de
conhecê-lo pessoalmente, na rara oportunidade que se lhe apresentava, no desejo
sincero, de apertar-lhe a mão, ante o valor de sua obra e dizer-lhe o que Herder
disse de Deus:
“Ele é grande, quer no grande ou no pequeno”.
Sabe-se que o embaraço foi grande!
Muita gente, de fraque e cartola, nunca tinha ouvido falar
desse nome... Outros vagamente...
A história não guardou qual a “explicação ou desculpa
diplomática, inventada na hora”, para responder a uma inocente pergunta, de tão
ilustre visita!
São exemplos como este que devemos seguir, Eric um cidadão referencia de nossa Morretes, com seu trabalho de buscar dados da história de Morretes e trazer tais fatos ao conhecimento de todos nós, faz com que busquemos de alguma forma agradecer a ele por sua contribuição para a geração de hoje e as futuras gerações que terão um norte de sua história e de sua origem. Parabéns cidadão Eric J. Hunzicker
ResponderExcluirÉ mesmo amigo Moacir, é muito prazeiroso repercutir os escritos do nosso amigo multiuso, o historiografo, membro da Academia de Letras do Paraná, "Chef de Cuisine", escritor com obra editada e outras "cositas más". abraço Moacir. Precisamos bater uima prosa...
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