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Num país pseudamente democrático, onde as leis vigentes são cumpridas, sem guerras contra inimigos externos, sem guerra civil, um país que vai gastar 24 bilhões de reais para realizar 30 dias de um evento internacional de futebol, vê seu nome manchado no mundo inteiro quando um repórter cinegrafista da rede Bandeirantes ao fazer uma cobertura de uma situação de risco, vestido com colete a prova de bala, é atingido por um tiro de fuzíl, uma arma de guerra, na mais famosa cidade brasileira, o Rio de Janeiro, uma cidade que vai gastar mais de 1 bilhão de reais na "reforma" do Estádio Mário Filho, o Maracanã. Este crime absurdo envergonha o país, um país que tem suas leis criadas por políticos sem preparo jurídico, alguns com histórico de serem corruptos, ladrões, e que procuram através de seus cargos conseguidos por casuismos eleitorais prover o país de leis que protejam seus iguais. A policia faz sua parte, o poder Judiciário julga dentro do código de leis disponíveis. O Brasil precisa de um choque de decencia e dignidade, o nosso país precisa urgente de uma faxina moral, e esta postura que nos levaria a um novo Brasil, mais justo, mais humano e mais seguro deveria começar dentro das nossas casas, o povo não deveria vender seus votos, e mais denunciar aqueles que tentam comprar. Uma vergonha o que aconteceu no Rio de Janeiro hoje e segundo a Knight Center for Journalism, organização internacional que monitora o trabalho dos jornalistas em algumas regiões do mundo, o Brasil é o segundo país mais perigoso das Américas para o exercício da profissão, perdendo apenas para o México. Quem não quer ser noticia ruim, não rouba, não faz falcatruas, não engana ou corrompe o povo, quem trabalha sério, com honestidade e dentro dos padrões éticos que uma sociedade decente exige nunca vai ser alvo de más noticias.

Falta muito ainda para que possamos ter um país que possamos nos orgulhar de verdade, sem ufanismos baratos, mas um país onde todos nós tenhamos a certeza que voltaremos vivos para casa no fim de uma jornada de trabalho.