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sábado, 5 de junho de 2010

NÃO CUSTA LEMBRAR!

Eugen Berthold Friedrich Brecht
Nascimento
10 de Fevereiro de 1898 em Augsburg, Baviera Alemanha
Morte
14 de Agosto de 1956 (58 anos)Berlim, Estado de Berlim Alemanha
Poeta, dramaturgo, contista
Escola/tradição
Modernismo
O Analfabeto Político
O pior analfabeto

É o analfabeto político,

Ele não ouve, não fala,

Nem participa dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe o custo da vida,

O preço do feijão, do peixe, da farinha,

Do aluguel, do sapato e do remédio

Dependem das decisões políticas.
O analfabeto político

É tão burro que se orgulha

E estufa o peito dizendo

Que odeia a política.
Não sabe o imbecil que,da sua ignorância política

Nasce a prostituta, o menor abandonado,

E o pior de todos os bandidos,

Que é o político vigarista,

Pilantra, corrupto e lacaio

Das empresas nacionais e multinacionais.
Bertold Brecht

4 comentários:

  1. o outro blog já foi pro espaço também?

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  2. Não consegui acessar...parece que sim!

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  3. Só o teu mesmo Orley. Resistente as intempéries.

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  4. Sr. Orley, boa noite! Parabéns do fundo de meu coração por citar Eugen Berthold. Gostaria de colaborar com a letra da música PERFEIÇÃO da Legião Urbana.Os papéis onde foram escritos versos como de Eugen ou mais recentemente de Renato Russo podem até estar embolorados ou amarelados, mas seu teor ultrapassa seu tempo e permanece atual.LEIAM PERFEIÇÃO COM ATENÇÃO.

    Perfeição

    Vamos celebrar
    A estupidez humana
    A estupidez de todas as nações
    O meu país e sua corja
    De assassinos
    Covardes, estupradores
    E ladrões...

    Vamos celebrar
    A estupidez do povo
    Nossa política e televisão
    Vamos celebrar nosso governo
    E nosso estado que não é nação...

    Celebrar a juventude sem escolas
    As crianças mortas
    Celebrar nossa desunião...

    Vamos celebrar Eros e Thanatos
    Persephone e Hades
    Vamos celebrar nossa tristeza
    Vamos celebrar nossa vaidade...

    Vamos comemorar como idiotas
    A cada fevereiro e feriado
    Todos os mortos nas estradas
    Os mortos por falta
    De hospitais...

    Vamos celebrar nossa justiça
    A ganância e a difamação
    Vamos celebrar os preconceitos
    O voto dos analfabetos
    Comemorar a água podre
    E todos os impostos
    Queimadas, mentiras
    E seqüestros...

    Nosso castelo
    De cartas marcadas
    O trabalho escravo
    Nosso pequeno universo
    Toda a hipocrisia
    E toda a afetação
    Todo roubo e toda indiferença
    Vamos celebrar epidemias
    É a festa da torcida campeã...

    Vamos celebrar a fome
    Não ter a quem ouvir
    Não se ter a quem amar
    Vamos alimentar o que é maldade
    Vamos machucar o coração...

    Vamos celebrar nossa bandeira
    Nosso passado
    De absurdos gloriosos
    Tudo que é gratuito e feio
    Tudo o que é normal
    Vamos cantar juntos
    O hino nacional
    A lágrima é verdadeira
    Vamos celebrar nossa saudade
    Comemorar a nossa solidão...

    Vamos festejar a inveja
    A intolerância
    A incompreensão
    Vamos festejar a violência
    E esquecer a nossa gente
    Que trabalhou honestamente
    A vida inteira
    E agora não tem mais
    Direito a nada...

    Vamos celebrar a aberração
    De toda a nossa falta
    De bom senso
    Nosso descaso por educação
    Vamos celebrar o horror
    De tudo isto
    Com festa, velório e caixão
    Tá tudo morto e enterrado agora
    Já que também podemos celebrar
    A estupidez de quem cantou
    Essa canção...

    Venha!
    Meu coração está com pressa
    Quando a esperança está dispersa
    Só a verdade me liberta
    Chega de maldade e ilusão
    Venha!
    O amor tem sempre a porta aberta
    E vem chegando a primavera
    Nosso futuro recomeça
    Venha!
    Que o que vem é Perfeição!...

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